quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Iniciaremos o ano de 2024 com a edição do nosso décimo-primeiro livro, um romance de 355 denominado "O ARRUMADOR DE CADEIRAS", que pode ser adquirido de forma física ou em e-book no site do Grupo Editorial Atlântico (www.ipedasletras.com/pd-962945) SINOPSE:Elis parece viver uma existência que não é sua. Desde a infância carrega consigo a perturbação de uma mãe que a ignorava e um pai ausente. Sem saber a razão disso, descobriu misteriosamente a alegria de brincar, em sonho com a "morte" que se mostrou generosa, condescendente, apaziguadora e diferente dos perfis que atribuíam a ela. Dois momentos fortes marcaram a adolescência. Esses incidentes desestabilizaram seus sentimentos e modificaram sua maneira de pensar. Exposta a um emaranhado de limitações, com a consciência intranquila e traumatizada enamora-se de um jovem de família humilde, portador de uma síndrome, que a faz abandonar suas aspirações de estudar e evoluir. Nesse ínterim de tempo, encontra indícios de que o seu nome de batismo não deveria ser aquele na qual foi registrada e envolve-se em um estranho contexto que revela a misteriosa história de seu pai e ascendentes. Coincidentemente a pessoa que se posta a seu lado, como benfeitor, também é elemento integrante dessa trama. As tragédias se avolumam sobre sua biografia. A "morte" definitivamente a acompanha tornando-se a grande coadjuvante dessa história de ultramundos, onde os valores espirituais são duramente questionados frente ao impacto da enfermidade, envolvendo aspectos morais e de ascensão social.

sábado, 9 de dezembro de 2023

 A CONFRARIA DO CHURRASCO DE NOVO HAMBURGO (uma fábrica para se fazer amigos)

Em novembro de 2023, sob a gestão do Presidente-Mandante Jaime Domingos Sensi, a CONFRARIA DO CHURRASCO DE NOVO HAMBURGO comemorou 20 anos de existência. Fundada em 2003 com o objetivo de ser uma grande brincadeira, fortaleceu-se gradativamente com seus dois pilares básicos de FRATERNIDADE e IGUALITARISMO, graças a presença constante dos confrades nas reuniões-almoço no terceiro sábado de cada mês. 

Sentimo-nos honrados em fazer parte do Grupo Precursor com os confrades Gilberto Mosmann (em memória); Júlio Seidl (em memória); Ivan Carlos Deolindo; Nelson Kohler; Roberto Brandt. Por outro lado, orgulhosos de ajudar a preservar essa história, junto dos amigos confrades. 

Parabéns a todos que compreenderam a razão da existência da Confraria e a abraçaram com o jubilo de mensalmente, se divertir, beber, comer um bom churrasco, brincar e rir.  




quinta-feira, 6 de agosto de 2020

O TERAPEUTA DO BAR

É irrelevante tentar compreender porque um boêmio vira astronauta, médico, vidente, intelectual e terapeuta. É o momento em que ele está bebendo com outros gênios da filosofia contemporânea, surpreendentemente, descobertos naquele ambiente. 
Por isso, dizem que não há recanto mais fascinante do que um bar. Esse espaço emergial de redução do  estresse, onde se improvisam todos os pratos, todas as bebidas, todas as histórias e lembranças. Certamente, um local, onde muitos irão rir dos feitos da adolescência. Recordações da vida profissional. Saudades do pais e de velhos amigos. Sabe-se de entemão que a escolha de um bar, não se faz pela qualidade, pelo embelezamento estético, por linhagem daqueles que o frequentam e sim, pela excepcionalidade, pela originalidade. Por isso, tentar compreender os sentimentos que fluem dessas manifestações peculiares, de convivências, são excessivamente complexas, para qualquer cientista social, mesmo que se utilize métodos mais ortodoxos. 

Essa é a orelha do livro O TERAPEUTA DO BAR, que escrevi durante a pandemia, no ano de 2020, reconhecidamente por sentir saudades de estar frequentando um bar naquele período. A obra foi feita para carregar uma certa ironia e sarcasmo, como forma de divertir e ilustrar o significado da passagem por um bar ou boteco. 

Tivemos a surpresa do reconhecimento desse trabalho, o que nos incentiva a fazer outras obras. Obrigado. 



domingo, 22 de junho de 2014


A ENTREVISTA:  
1 -  Gostaria que falasse um pouco sobre o seu oitavo livro, sendo o quarto de poesias.

O principal tema dos meus livros de poesias é o sentimento do amor, os encontros e os desencontros que, de forma inevitável, envolvem homens e mulheres de todos os tempos. Este livro, “Poesias de Vidas Divididas”, é uma obra madura, que mexe com as dúvidas e os sentimentos íntimos das pessoas. O leitor ou a leitora se sentirão absorvidos pelos poemas, integrando-se à cumplicidade do autor, através da imaginação. Possui 160 páginas. A capa é de Ingrid Scherdien. O prefácio da professora Anamaria Cachapuz Cypriano. Foi produzido pela Editora Insular. 


A obra é dividida em três partes, em cada uma as poesias têm temáticas diferentes?

Sim, procurei dividi-la para facilitar a leitura. Gosto de rabiscar minhas poesias com simplicidade de maneira instintiva alheio à toda formação literária. Na primeira parte procurei estabelecer uma relação surrealista com a magia, com a contemplação e a desventura mencionando um pouco das perdas e dos fracassos de uma relação afetiva. E de um desses poemas surgiu o título do livro: Vidas divididas! Na segunda parte procurei iniciar com alguns sonetos, uma formação literária e poética que gosto muito. Na terceira parte explorei basicamente a prosa em frases curtas. São pensamentos poéticos, para reflexão. 

2 - Qual foi a sua grande inspiração para escrever este novo livro?

A dúvida! A permanência ou a fuga do amor? Deparamo-nos com isso no nosso cotidiano, mas, muitas vezes, não temos coragem de manifestar esses desajustes de nossas almas ou nossos corações. Tudo aquilo que justifica a destruição de sentimentos, a solidão, a saudade e a renúncia! São questões fortes e profundas, que envolvem o ser humano e que, de alguma forma, fascinam o poeta.

Há quanto tempo trabalha nesta obra?

Trabalhei nela, cerca de dois anos.


3 -  Quantas poesias fazem parte desta produção literária?
             
Na primeira parte são 44 poesias. Na segunda parte 69. A terceira parte é composta de 40 pensamentos poéticos, de reflexão.

4 - Este é o seu oitavo livro. Há quanto tempo já escreves?

Às vezes tenho a impressão de que, sempre, escrevi. Foi na adolescência que comecei a manifestar meus sentimentos através da escrita literária, adotando o discurso, a crônica, o conto e a poesia. Lembro que os meus professores elogiavam minhas redações e, alguns deles, ainda têm, até hoje, essa lembrança. Naquela época, a tônica era a leitura, a literatura, a interpretação de textos. Lembro que nesse período líamos muito. Era uma exigência das aulas de português. E, em função de tudo isso, escrever um livro se tornou um dos meus objetivos.  

Quais são os teus outros títulos já publicados?
Poesias Nuas, minhas e tuas (1983); (II) Poesias com Borogodó (1984); (III) Carne e Terra (1986); (IV) Administração (2003); (V) Retratos de todos nós (2003); (VI) Marketing – a satisfação do cliente (2006); (VII) A patologia da tireóide – na visão do paciente (2009); (VIII) Poesias de Vidas Divididas (2014).

5 - Dentre estas tuas diversas publicações, conseguiria mencionar uma característica presente em todas?

Os “conflitos íntimos” do ser humano; o despertar para a sensibilidade; a busca do conhecimento de uma maneira Universalizada seja, na Administração, no Marketing, nas histórias, nos contos, nas poesias.


6 - Pretendes continuar escrevendo? Se sim, já estás pensando na nona obra?


Sim, escrever para mim é um hobby. Faz parte da minha terapia pessoal. Tenho, também, mais três livros “rabiscados” nos meus arquivos, porém, todos inacabados. No momento estou me dedicando a um Romance, com uma história de relativa dificuldade para o autor que gera muita concentração. Não há prazo definido para sua conclusão.  

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ÉPOCA DE TEMPESTADES (Gilberto Veppo)
A tarde se calou por alguns instantes, antes do primeiro estrondo e, ouviu-se um breve comentário: “os sentimentos mais expressivos são aqueles que emergem durante uma tempestade”. Não havia naquelas palavras uma previsão das tragédias, da falta de preparo diante do vendaval, da chuva e do granizo. Era significativo conhecer, também, a agitação da natureza, antes e depois de um temporal. Quando o vento começa a soprar, as pombas voam sobre os campanários e as lebres correm para abrigar-se em suas tocas. As árvores se curvam nas colinas, os rios ficam sinuosos e as lagoas se arrepiam. Embora a tempestade sobressalte pela sua rapidez, pela sua negritude e pelo sibilar do vento que sopra forte, ela enobrece, pelo aceno da humildade, quando o homem repensa seus valores e reza à Deus. Teme-se a imprevisibilidade, o choque das correntes, as nuvens escuras que cercam o horizonte. E sabe-se que a tempestade vem acompanhada de estalidos. Primeiro ela explode ruidosa como uma jovem e depois se posta arrojada e charmosa, como uma mulher madura. Há no seu bojo o adorno do encantamento, do medo, do suspiro e do pranto. Na tempestade evidencia-se o caos e a redenção. Nem os sábios conseguem descrevê-la, porque há a incerteza do seu acaso. Somente reafirmam que as expressões mais inquietantes e verdadeiras são as que afloram no rigor de uma tempestade. Delineie o olhar diante do brilho repentino de um raio. Segure a mão de alguém, ao estrondo de um trovão. Ouça o ronco do riacho, após o aguaceiro. Depois do temporal, olhe o céu, sinta o aroma, o reavivar-se das plantas, o som da Terra. Delicie-se com a continuidade do “plic-plic” monótono e formal da chuva suave. Observe o revoar das andorinhas e o relinchar do potro no campo. Depois do perigo e do medo, o cenário muda. Tudo parece mais claro, colorido e transparente em nossas mentes e em nossos corações. E, não esqueça, ainda, de deleitar-se com o final da tarde onde haverá insinuações de um tímido sol avermelhado no horizonte. A tempestade, já, passou. Mas, junto a figueira permaneceram tímidas sequelas. Lá, como por encanto, você encontrará a polpa vermelha de suculentos figos, jogados ao chão, abandonados. Assim, como os figos caem e se abrem, nossos princípios se sobrelevam depois de uma tempestade.